Sara de Pina, a “rainha” das bananinhas
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13 outubro 2022

Sara de Pina é uma jovem empreendedora que encontrou na venda das bananinhas uma oportunidade para gerar o seu próprio emprego e arranjar o sustento para a família. Esta micro empresária diariamente transforma cerca 20 quilos de banana em bananinhas.
Sara Jandira Semedo de Pina, ou “Bananinha” como é carinhosamente conhecida, natural da Assomada, encontrou na venda das bananinhas e salgadinhos uma oportunidade de negócio para o sustento da família.
Aos de 30 anos, Sara de Pina revelou ao A NAÇÃO que faz e vende bananinhas, na Assomada, há seis anos. Conta que aprendeu o ofício, que hoje se tornou na sua principal fonte de rendimento, com uma amiga santomense. E, em pouco tempo, tornou-se na mais famosa produtora de bananinhas de Santa Catarina.
“Deixei a escola cedo, ao oitavo ano, por causa da gravidez precoce. Mas, quando estudante, sonhava ser jornalista e apresentadora na televisão, mas tive que abandonar os estudos para lutar e arranjar o sustento do filho”, confessa.
Sara de Pina avança que ficou seis anos desempregada e depois encontrou na venda das bananinhas uma oportunidade de criar o próprio emprego. “Gosto também de ser taxista, mas agora estou focada na venda das bananinhas. Actividade esta que comecei há seis anos e até agora está a correr bem. Inclusive, já criei a minha pequena empresa e pago meu seguro no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e imposto na finança com regularidade”.
Negócio rentável
Sara de Pina avança que diariamente compra cerca de 20 quilos de banana verde, nas vendeiras no mercado de Santa Catarina, para produzir bananinhas e vender na Assomada, principalmente na rua pedonal e no terminal rodoviário.
“Normalmente, começo a vender a partir das 16 horas. Em duas horas consigo vender todo o produto, sobretudo nos dias do mercado (quarta-feira e sábado) e época das aulas. Consigo vender, todos os dias, cerca de três mil escudos. Antes colocava bananinha em alguns minimercados chineses para vender, mas depois que o preço da banana aumentou, deixei de fornecer produtos a essas lojas porque deixou de compensar”.
A nossa interlocutora adianta que os seus potenciais clientes são pessoas da Assomada, particularmente jovens e crianças de escola. “As bananinhas torradas são mais saudá- veis que os ‘matutanos’ e outros produtos vendidos nas lojas. As ‘bananinhas’ são feitas com banana nacional e não usamos nenhum produto químico”.
E, para ter o produto pronto na hora, Sara avança que o seu dia começa bem cedo.
“Levanto-me às seis horas para preparar a minha filha mais pequena para ir à escola. E, depois das 8 horas, começo o processo de descascar as bananas e cortar em rodelas ou em lascas. Às 11 horas, ou perto disso, começo a fritar até por volta das 13 horas. Normalmente trabalho sozinha, mas as vezes conto com a colaboração da minha mãe que me ajuda a colocar as bananinhas e as salgadinhas nas saquetas. Antes as minhas duas irmãs que aprenderam comigo ajudavam me também. Mas agora têm os seus trabalhos e quando estão em casa fazem delas”.
Esta jovem confessa que agora conseguiu montar e levar o seu pequeno negócio sozinha. “Nunca tive apoio de nenhuma instituição até porque nunca pedi. O meu sonho é me tornar numa grande empresária e ter a casa própria. Ou então emigrar e, se for possível, continuar a produzir e vender bananinha lá fora. Até porque recebo muita encomenda directamente dos emigrantes que vêm de férias ou dos familiares para mandar como presente. Isso demonstra que é um produto que tem que saída junto da nossa comunidade emigrada”, acredita.
 
 
Sara de Pina, a “rainha” das bananinhas
 
Fonte:
 
CV TOP MUSIC

 

 

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