“O vinho do Fogo é um património que transmite uma identidade histórico-cultural”– historiador
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10 maio 2022

O vinho do Fogo é um património que transmite toda uma identidade cultural e histórica de uma sociedade ao longo do tempo, disse à Inforpress o historiador da Universidade de Las Palmas, Javier Luis Alvarez Santos.

Em conversa com a Inforpress, à margem de uma conferência realizada hoje na cidade de São Filipe, o historiador salientou que o vinho da ilha do Fogo tem uma identidade que é uma característica que tem de exportar e que transmite o património cultural e histórico da ilha.

A conferência, segundo explicou Javier Luis Alvarez Santos, incidiu sobre a história comum existente entre os arquipélagos das Canárias e Cabo Verde, desde a relação histórica, a origem desta relação e, sobretudo, a ligação entre os dois arquipélagos a partir de uma história comum do vinho.

Assim, durante a conferência abordou a história do vinho nas Ilhas Canárias e em Cabo Verde, com destaque para a ilha do Fogo, tendo realçado a contribuição de um cabo-verdiano que emigrou para as ilhas Canárias no século XVI e que fez um investimento “muito importante” para transformar a paisagem, tendo começado a cultivar a cana-de-açúcar, num primeiro momento, e a vinha, mais tarde, para produzir vinho e exportar para o mundo, nomeadamente para Cabo Verde, América, Europa.

“Os dois arquipélagos são ilhas de origem vulcânica, estão no meio do Atlântico e são portas para o mundo: África, Europa e Américas”, disse Javier Luis Alvarez Santos, sublinhando que os investigadores falam que há uma história de complementaridade entre os dois arquipélagos.

Sobre a questão do vinho em particular, este indicou que a ilha do Fogo tem duas características fundamentais, o vulcão e a produção de vinho, sublinhando que as Ilhas Canárias também têm esta dupla característica.

“As nossas identidades estão ligadas ao vinho, são duas características da identidade das Ilhas Canárias e de Cabo Verde”, referiu o historiador, indicando que a conferência é para divulgar a história comum, com destaque para os séculos XVI e XVII, mas também divulgá-la e fazer as pessoas ter uma consciência e entender a importância que tem o vinho, não só para a economia, mas para a transformação da paisagem e da própria sociedade para conhecer o seu património e a sua identidade.

R/JMV
Inforpress/Fim

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