Leila e Liliane Carvalho são duas irmãs cabo-verdianas que se juntaram para criar um pequeno negócio de entregas personalizadas com o intuito de conseguir uma fonte de renda extra. Depois de cinco anos, as jovens que vivem na Praia ambicionam expandir o negócio pelos diferentes pontos da ilha de Santiago.
A ideia surgiu em dezembro de 2017, quando Leila e Liliane Carvalho que são estudantes universitárias, Leila estuda Direito e Liliane é estudante de Enfermagem, sentiram a necessidade de ter um negócio próprio para obter uma renda extra. Depois de realizar pesquisas nas redes sociais, tiveram a ideia de criar o Cestas – Levando Emoções.
Em entrevista ao Balai, as empreendedoras explicam que a ideia consiste na entrega de brindes e presentes personalizados, mas que dispõem de vários serviços como: entrega de cabazes, de presentes de aniversário/casamento, de bouquets e flores naturais, serviços de decoração de quarto, kits de lanche para excursão, eventos, caixa convite de casamento, arranjos, entre outros.
“É a nossa fonte de renda e nos toma muito tempo”, explicam as jovens que nasceram na cidade da Praia e residem atualmente em Calabaceira. As irmãs acrescentam que executar o serviço leva algum tempo, desde o pedido do cliente até à finalização da entrega e que buscam levar emoções até às pessoas, com a leitura de recados e até mesmo com “serviços de Cúpido”.
Segundo as jovens, desde o começo o impacto tem sido positivo e dizem que procuram salvaguardar a privacidade dos clientes “ou em não fazer uma surpresa desagradável para a pessoa”. Daí a preocupação de é fazer fotos ou filmagens apenas com o consentimento das pessoas. É através das divulgações destas imagens, através das redes sociais, que acabam por ter mais procura.
Liliane explica que todo o negócio tem altos e baixos e que no caso delas não foi diferente, mas ambas acreditam que o seu projeto “trouxe um impacto positivo no mercado (da Praia), oferendo bons serviços” e que têm tido grande adesão.
“A ‘Cestas’ é uma marca registrada e que atende a grandes pedidos”, complementa Leila e acrescenta que durante a pandemia conseguiram fazer boas vendas. “Com o fecho de quase todos os locais e serviços, o nosso negócio teve o seu momento alto”.
Atualmente atendem em média cerca de seis pedidos por dia, acrescenta a mesma.
Acrescenta ainda que os produtos mais procurados são a cesta de pequeno almoço, tábuas de frios e flores naturais e que o único item que não pode faltar nos presentes é o cartão de visita nas encomendas.
As irmãs acreditam que ainda estão a trilhar um caminho de desafios e que a maior dificuldade, até então, tem sido encontrar os materiais e que procuram apostar sempre que possível nos produtos nacionais.
Segundo Leila Carvalho, o preço mínimo dos produtos é de 1800, por arranjo, e o preço máximo vai até o limite do cliente.
Aconselha a outros jovens que desejam ter o seu negócio próprio a não desistir, a ser paciente e a saber trilhar o caminho apesar das dificuldades. “O lucro só entrará 2 ou 3 anos depois da criação do negócio, não é algo de imediato”.
A mesma fonte considera como uma parte negativa do negócio” é ser confundido com outros empreendedores que atuam no mesmo ramo”.
A nível de ambições futura, as irmãs desejam abrir várias lojas em diferentes pontos da ilha de Santiago.
Cátia Gonçalves/ estagiária
Fonte:
Balai Cabo Verde
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