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13 abril 2022

O ministro do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, reiterou que Cabo Verde, enquanto um pequeno País “quer continuar” a olhar para os transportes aéreos como sendo um sector estratégico para o seu desenvolvimento.

Carlos Santos fez essas declarações à margem do workshop sobre “Segurança Operacional na Aviação Civil” e a 7ª Reunião da Comissão da BAGAIA, que está a decorrer durante três dias, 11 a 15, num dos hotéis de Santa Maria.

Por isso, sublinhou o governante, que a criação do hub aéreo do Sal, deste centro de redistribuição de passageiros e carga, está na agenda do dia, querendo o governo levá-lo a “bom termo”, ainda este ano, conforme prognosticou.

“Sendo um País pequeno, esta matéria de segurança aérea e de regulação, que nós já demos bons passos, e tidos também bons exemplos, devemos consolidá-los no sentido de transformar esses activos em algo que nos possa levar a fazer deste País um grande player a nível dos transportes aéreos”, comentou o governante.

Observou que em 2019 Cabo Verde começou a dar passos tímidos nesse sentido, compreendendo, no entanto, que com o término da covid-19, haverá condições para voltar a pegar naquilo que era a estratégia delineada em 2019.

“Com a privatização dos TACV, mas também com a criação das condições a nível da ilha do Sal para que possamos ser este centro privilegiado de redistribuição de passageiros e carga. Mas também queremos criar aqui uma constelação de factores que possam tirar vantagem da nossa localização”, referiu.

No sentido de, designadamente, conforme esclareceu o titular da pasta do Turismo e Transportes, olhar novamente para a questão da possibilidade de ter um centro de manutenção de aviões na ilha do Sal, a criação do Instituto Superior das Indústrias Aeronáuticas e do Turismo, que permitirá recursos humanos capacitados para tratar dessas matérias.

“Mas também para aproveitar e poder ajudar as outras nações africanas, uma vez que o problema da conectividade entre os países africanos, ainda se põe, e Cabo Verde está interessado em ser útil para resolver esse problema, e para isso nós temos que estar preparados a nível dos recursos humanos”, salientou.

“Boas infra-estruturas nós temos, portanto é só olhar para essa constelação e fazer com que as coisas funcionem no futuro. E esta semana que estamos aqui a discutir é mais uma oportunidade que os nossos operadores locais podem ter para conhecer melhor novidades nessas áreas e poder ir melhorando os serviços que nós prestamos”, concluiu Carlos Santos, frisando que a segurança aérea é um bem do qual não se pode abdicar.

Este encontro promovido pelo Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos (IPIAAM), em parceria com a BAGAIA, irá concentrar especialistas da indústria aeronáutica a nível regional e internacional, com destaque para os sete países africanos membros da Agência de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Grupo de Banjul (BAGAIA).

Destes países fazem parte, nomeadamente Cabo Verde, Guiné Conacry, Gâmbia, Gana, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, bem como, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), dos Estados Unidos da América, a National Transportation Safety Board (NTSB) e a Transportation Security Administration (TSA), a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) representada pelo Escritório para a África Central e Ocidental (WACAF).

Também o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), de Portugal, instituições de ensino estrangeiras e nacionais, nomeadamente a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Universidade Técnica do Atlântico (UTA), para além de todos os players nacionais do sector aeronáutico.

“O Papel das autoridades da aviação e a implementação da cultura de segurança operacional e seus desafios”, “A importância das organizações regionais no sistema de segurança operacional”, “A contribuição das autoridades de investigação na redução do índice de acidentes aeronáuticos”,” O papel do ensino na aviação civil e a importância da segurança operacional na promoção do turismo em Cabo Verde”, são os temas em debate.

Cabo Verde quer continuar a olhar transportes aéreos como sector estratégico para o seu desenvolvimento – Governo (c/áudio) | INFORPRESS

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